6º Dia

Saímos de Yala às 9 horas e fomos em direção à Purmamarca, onde paramos para fotografar o Cerro das Siete Colores, seguimos em direção da Puerta del Lipan, onde inicia a subida da Cordilheira, vamos de 1.250 até 4.170 metros do nível do mar, aqui um lembrete, a subida da Cuesta del Lipan, apesar de ser algo impressionante, não tem nada de extraordinário, é apenas uma Serra do Rio do Rastro muito mais longa, um aviso aos viajantes, suba devagar, meio acelerador e motor sobrando, abasteça com gasolina Super na Argentina. Outra vantagem de subir devagar é que o organismo vai se adaptando a altitude e você terá menos problema com os males da Puna.

A subida é fantástica, vai se enxergando ao longe outros veículos e as erosões das montanhas.

Chegamos finalmente a Altos del Morado a 4.170 metros, aqui se inicia a descida e a  temida Puna, vamos viajar cerca de 300 quilômetros no alto da Cordilheira. Segundo relatos de outros viajantes é um lugar onde de cada 10, nove passam mal, nada de anormal aconteceu conosco, estávamos muito pesados subimos em segunda marcha quase todo o trajeto permitindo que o nosso organismo se adaptasse á altitude, eu não tive nenhum problema a Dé teve os ouvidos e o nariz ligeiramente entupidos.

Pouco antes de Salinas Grandes avistamos o Nevado de Chañi, 6200 de altitude com um resto de neve do ultimo inverno.  Após uma curva longa aparece um risco branco no horizonte, é o Salar de Salinas Grandes a 3500 m. de altitude, onde paramos para fazer algumas fotos e comprar algumas lembranças de índios que moram ali.

Os Salares que vimos são fantásticos, Salinas Grandes, Olaroz, Cauchari, Jama. Após uma parada para uma coca no restaurante de Sucres, onde queríamos almoçar, mas que não havia nada, nem batatas fritas embora já ser 13 horas, seguimos para o Paso de Jama curtindo a imagem grandiosa da Puna.

Paramos para bastecer no posto YPF ali existente e fomos fazer um lanche na lanchonete e curtir o Wy-fy gratuito. Entramos em contato com o pessoal de casa através do Face, onde passamos uma foto do Cerro Zapaleri, que se avista do posto, coberto de neve.

Na Aduana houve famosa demora para os tramites da saída da Argentina. E na cancela uma bronca que já esperávamos acontecer. Conforme relato de outros viajantes, existia um papel a ser preenchido com os dados do veiculo, carimbado pela Policia Federal Argentina na entrada do país, o qual seria solicitado ao sair, acontece que ao pedir esse documento na Aduana de Puerto Igazu nos disseram não ser mais necessário e na cancela de saída o policial de serviço disse que sem ele não sairíamos. A Dé voltou na Aduana e após um bom tempo fomos liberados.

Chegamos ao marco de Fronteira, tiramos algumas fotos e fomos com destino a San Pedro do Atacama, agora a subida é até pouco mais de 4.800 m, a subida para San Pedro é muito mais pesada por ser continua e acentuada, seguida de uma descida vertiginosa até San Pedro do Atacama uma enorme inclinação descendo de 4.600 à 2.000 m de altitude em apenas 42 quilômetros.

Chegamos a San Pedro no final da tarde, mas sem problemas por aqui anoitece só após as 20,30. Na Aduana a famosa demora, dois ônibus que iam para o Peru estavam na nossa frente, demorou uma eternidade até sermos atendidos e nessa hora estava começando a anoitecer, Saímo da Aduana e entramos em San Pedro, a cidade estava um caos, entupida de gente, centenas de mochileiros e turista abarrotavam as ruas, parecia a 25 de Março no sábado  fomos procurar um Camping, ai a decepção, não havia Camping para ficarmos, os Camping existentes são só para barraquinhas, o único Camping maior que encontramos não tinha estrutura alguma, pontos de luz ou água, rodamos a cidade e nada. Como nosso objetivo era o Atacama, seguimos em frente, para tentar um Camping em Calama. De San Pedro do Atacama para Calama tem-se que cruzar a Cordilheira Domeiko, quando saímos já estava bem escuro e, como estávamos com muito peso pareceu-me muito mais difícil que a Cuesta del Lipan, cheguei a pensar que a gasolina que colocaram não era a Super.

Na metade do trecho havia uma barreira policial, isso as 22 horas e com um frio de rachar, examinaram os documentos e perguntei sobre o Camping em Calama, disseram que não era para perder tempo, pois o mesmo só funcionava durante o dia e que era melhor seguir até Antofagasta.

Tudo bem, só que 30 quilômetros depois de Calama havia outra barreira policial, mandaram parar e verificara até nossa bagagem, disseram que em Antofagasta não havia Camping e era melhor irmos para um hotel, e afinal era essa mesmo nossa intenção, desejaram boa viagem e fomos em frente.

Chegamos à confluência da Rodovia Pan-americana com a Estrada de Calama às 24 horas, encostamos-nos a um posto Copel bem reba e perguntamos se podíamos pernoitar ali, o frentista nos mandou para um canto bem ermo do posto, então desistimos e resolvemos tocar até Antofagasta. Fomos parados por mais uma barreira policial à 1 hora, pediram documentos, perguntaram de onde eramos e seguimos viagem, chegamos em Antofagasta às 2:30 horas da madrugada, o hotel IBIS estava lotado, já passava das 3 quando paramos num posto de gasolina e esperamos o dia amanhecer.

Despesas:

Refrigerante  $ 10,00 Pesos

Regalos        $ 20,00 Pesos

Combustível $ 140,00 Pesos

Lanche         $ 3.000,00 Pesos Ch

Total do dia: $ 170,00 Pesos Ar e $ 30,00 Pesos Ch

Total em Reais:   R$ 81,80

Total da viagem: R$ 1.291,97

Fomos parados durante a noite 3 vezes pela policia chilena durante a noite, pediram documentos e mandavam seguir.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *