10º Dia

Levantamos cedo, tomamos um café reforçado, despedimos dos amigos argentinos e fomos para o centro para abastecer a caminhonete e comprar vinhos. Paramos em uma vinícola no centro, a atendente, uma argentina jovem e muito bonita me surpreendeu com tamanho conhecimento politico, ela deu uma lição de Argentina dos últimos anos, realmente surpreendente, provamos alguns vinhos, mandamos embalar para viagem e fomos ao posto para abastecer, ai a consciência do erro, muitos viajantes que nos antecederam deixaram bem claro que nunca deveria andar com menos de meio tanque, resultado, não havia gasolina na cidade devido à grande quantidade de carros de turistas, perguntamos ao frentista e ele nos disse que havia um posto 60 quilômetros á frente, só que o nosso combustível não daria para tanto, bem, não tinha nada a ser feito, então era tentar chegar ao próximo posto, pegamos a RN 40 e fomos em direção a Tafi del Vale.

Alguns quilômetros a frente chegamos a um pequeno povoado que havia uma bomba de gasolina, era um postinho bem reba, lembrei-me dos avisos de outros viajantes sobre postos de gasolina suspeitos, mas o meu tanque estava quase seco e tive que encarar, mandei por somente 50 Pesos, por via das duvidas colocaria pouco e fomos em frente, mais a frente mais uma consequência do erro, a RN 40 se bifurcava e não havia ninguém para perguntar o caminho ao posto de gasolina, então fui em frente, o asfalto acabou e apesar da pista ser bem conservada havia pedras aos montões, fiquei apavorado, furar um pneu naquela altura do campeonato seria o fim.

Andamos alguns quilômetros e quando já batia o desespero chegamos a Santa Maria e, tinha gasolina, ufa. Abastecemos e pedimos informação do caminho, teríamos que voltar só que havia uma estrada asfaltada, que mancada.

Pegamos a estrada, tínhamos nos atrasados no minimo duas horas com aquela mancada e havia na nossa frente uma bela montanha para subir e depois descer, mas a paisagem era linda, fomos subindo e subindo, a vejetação acabou e começaram os cactus e a direita um daqueles famosos rios só de pedras, entramos no meio das nuvens, muitas curvas até chegar a 3.042 mts de altitude, no lugar chamado El Infiernillo, uma garoa fina deixava a estrada lisa e tínhamos de andar bem devagar, alguns quilômetros adiante visualizamos um belo lago, com muitas casas de veraneio, a mais de 3.000 m. de altitude, era incrível  e a ao lado, Tafi del Vale, uma região muito linda, encravada no vale, lembra aquelas cidades alemãs do interior de Santa Catarina, pena que o tempo não colaborou e não pudemos tirar fotos devido a garoa e cerração.

Mas o melhor nos esperava à frente, tínhamos que descer uma serra de fazer inveja a Serra do Rio do Rastro, estreita, sinuosa e com bastante movimento, ao lado corria um belo rio que nascia no lago e despencava morro abaixo cheio de cachoeiras.

Demoramos um bocado para descer, e no final da serra chegamos à outra bifurcação, e não queríamos passar em Tucuman, havia uma turma de manutenção do equivalente ao DER nosso, paramos e nos disseram para seguir à direita, depois a esquerda, novamente a direita e esquerda, fundiu a nossa cuca e pela primeira vez na viagem, se perdemos. Apelei para os conhecimentos da bussola  sabia que teria que chegar na RN 9 e que ela estaria à nossa direita, logo metemos a cara em um estradinha sem sinalização alguma e depois de duas ou mais horas perdidos, bingo  chegamos na rodovia. Ai não teve mais erro e fomos em direção à Termas de Rio Hondo, onde chegamos as 18 horas, cansados armamos a barraca e fomos relaxar.

Jantamos e após se estressar com o Wy-fi que teimava em não funcionar, fomos dormir.

 Despesas:

Vinhos:              $ 320,00 Pesos

Combustível:    $ 50,00 Pesos

Combustível:    $ 290,00 Pesos

Camping:          $ 40,00 Pesos

Mercado:           $ 30,00 Pesos

Total do dia em Reais:  R$ 297,95

Total da viagem:   R$ 2.736,34

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