Varias pessoas me perguntam sobre o preço da gasolina, vamos lá:
Na Argentina o preço varia nos três tipos de gasolina existentes:
A mais barata $ 7,20 Pesos = R$ 2,83 o Litro
A mais cara $ 7,80 Pesos = R$ 3,07 o Litro
São $ 360,00 Pesos Ar para encher com a Super o tanque de 50 litros = R$ 141,62
No Chile a variação da mais barata para a mais cara:
$ 800,00 Pesos Ch = R$ 3,43 o Litro
$ 850,00 Pesos Ch = R$ 3,85 o Litro
$ 40.000,00 Pesos Ch para encher com a 95 o tanque de 50 litros = R$ 171,80
Tanto na Argentina como no Chile a gasolina está mais cara que no Brasil.
8º Dia
Quando partimos do Brasil, tínhamos planejado descer pela Pan-americana até Santiago e retornar pelo Paso São Francisco, Mendoza e Córdoba mas durante a viagem recebi algumas ligações, e por causa do meu trabalho, tivemos que diminuir nossa viagem e retornar a partir de Antofagasta.
Saímos do hotel em Antofagasta às 9 horas, fomos comprar alguns vinhos chilenos que eram encomenda de amigos e as 10:30 fomos em direção à Pan-americana, a rodovia que corta o Chile de norte a sul. Como passamos por este trecho à noite, tivemos agora a oportunidade de curtir bem a paisagem, ficamos impressionados em ver que a pré-cordilheira está encostada em Antofagasta, a cidade fica prensada entre o mar e o deserto, incrível.
Ao chegar à Pan-americana fomos em direção à Calama, é espantosa a quantidade de construtoras que estão ao redor de Antofagasta, dezenas delas e muitos caminhões e maquinas, muitas obras no local. Outra coisa que não tem como não notar é a quantidade de lixo que os moradores jogam ao lado da estrada. Acompanhando a rodovia se estendem por quilômetros o trilho do trem e três tubulações, 250, 400 e 600 mm que devem ser as adutoras de água de Antofagasta, acompanhei por mais de 200 quilômetros, ao longo existem estações de rebombeamento, paramos para fotografar o marco do Trópico de Capricórnio novamente, aliás, nós passamos por ele diversas vezes, pois a RN52 segue ziguezagueando pela linha do Trópico.
Aqui se pode dizer que se está no deserto mesmo. Pois não ha vegetação alguma. Só morros e mais morros de areia cinzenta. Em alguns lugares existem Oasis com muitas arvores e dá para notar que ali tem irrigação, a terra seria produtiva se houvesse abundancia de água. Existem muitas vilas abandonadas de antigas mineradoras, e muitas mineradoras que ainda exploram minérios no deserto. O calor estava infernal, deveria fazer algo em torno de 45º fora do veiculo, ao se aproximar de Calama a visão fantástica do vulcão São Pedro coberto de neve e mais ao longe a cordilheira e seus vulcões nevados, essa bela imagem nos acompanhou ate a Cordilheira Domeiko onde começa a descida para San Pedro de Atacama.
Paramos em um local para tirar fotos do Vale da Lua e a Cordilheira de Sal que fica ao lado da rodovia e chegamos em São Pedro as 13 horas, a Dé foi dar uma volta pela cidade que ainda continuava lotada, vários ônibus de turismo e gente que não acabava mais, compramos algumas lembranças e no final da tarde fomos para aduana, decididamente em San Pedro tinha gente demais para o tamanho da cidade.
Na Aduana novamente dois ônibus para carimbar a entrada, nova demora de mais de uma hora, finalmente conseguimos pegar a estrada as 16 horas, começamos a subir a íngreme estrada que leva ao Paso Jama, até atingir pouco mais de 4.800 metros, ai começa a descida, o sol estava forte e o vento era frio de arrebentar, chegamos na Aduana Argentina as 17,30 e rapidamente foram feitos os tramites, podemos dizer que ficamos muito contentes em voltar à Argentina, eu especialmente não gostei do tratamento que os chilenos dispensam ao turista, são grosseiros e estúpidos. Paramos no posto YPF para abastecer e usar o Wi-fi, detalhe, quando estávamos lá meu filho ligou e eu atendi no celular da Tim, numa ligação nítida como nunca havia tido. É inacreditável como a Tim é tão ruim no Brasil.
As 18,30 começamos a percorrer a Puna, o vento estava infernal, algo em torno de 80 KMH, chegava a balançar o veiculo parado. Sugeri pararmos para dormir em Salinas Grandes, mas a Dé insistiu para descermos a Costa Del Lipan e dormir numa altitude menor, fomos em frente, encontramos vários veículos e ônibus inclusive, 23 hs iniciamos a descida sob forte cerração e a meia noite e meia chegamos no Camping Refugio em Yala, armamos a barraca, comemos uma sopa e cansados da viagem fomos dormir.
Despesas:
Combustivel $ 40.000,00 Pesos ch
Vinhos $ 52.120,00 Pesos Ch
Regalos $ 50.000,00 Pesos Ch
Combustivel $ 311,00 Pesos Ar
Lanche $ 8 Pesos Ar
Total do dia em Reais: R$ 736,55
Total da viagem: R$ 2.394,52